terça-feira, 19 de agosto de 2014

Como avaliar a solidão

A solidão é um tema cada vez mais discutido atualmente e com razão. As famílias diminuíram, os contatos afetivos estão cada vez mais espalhados e MUITA gente mora sozinho e vive assim a maior parte do seu tempo. Quando se é idoso esse tema pesa ainda mais.

Para profissionais de saúde é importante avaliar a solidão, mas o Brasil não tem instrumentos adequados para isso. Esse foi um dos motivos que levou a professora Valéria Sousa de Andrade e eu a assumirmos a validação da Escala UCLA de Solidão para o Brasil.

A pesquisa está em fase de coleta de dados e se você quiser colaborar conosco, basta acessar o link abaixo e responder ao instrumento. Nós agradecemos!

https://pt.surveymonkey.com/s/PQJFShttps://pt.surveymonkey.com/s/PQJFSWQWQ

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cartilha sobre Demências

Como profissional da área da saúde sempre me preocupei com pacientes com diversas patologias e com seus cuidadores. O curso de Psicologia me preparou para pensar nos pacientes e minha vivência dentro de Hospitais Psiquiátricos e no convívio familiar me prepararam para olhar para os cuidadores.

Há dois anos meu pai foi diagnosticado com o Mal de Alzheimer e somou-se a minha preocupação profissional uma nova preocupação, de cunho pessoal. Isso foi um dos motivadores para começar a trabalhar com outros profissionais de saúde da universidade em que trabalho e montamos uma cartilha com algumas orientações. Esse material, que tem distribuição gratuita, traz algumas explicações e orientações sobre como lidar com pessoas com demências.

Caso tenha interesse em conhecer o material, acesse: www.uftm.edu.br/ladi ou a sessão de arquivos desse blog.www.uftm.edu.br/ladi

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mas e quando a vida pesa?


Muitos de nós têm problemas sérios ao longo da vida, carências as mais diversas e situações conflitivas e angustiantes, mas certas pessoas lidam com isso de forma mais positiva, enquanto outras pessoas desesperam-se e não conseguem reagir.

Essas atitudes esbarram em dois conceitos muito estudados em Psicologia: resiliência e enfrentamento (coping). Resiliência diz respeito a uma capacidade interna para achar recursos e alternativas que permitam manter a saúde mental (e o equilíbrio emocional) diante de situações adversas. Não significa que as coisas saírão bem, sisgnifica dizer que a pessoa que enfrenta problemas consegue alocar recursos internos (flexibilidade, capacidade de planejamento, autocontrole, etc.) para tentar manter-se bem (manter o rumo e esperar o furacão passar). Uma das formas que pessoas resilientes usam para enfrentar seus problemas é ter "estratégias de enfrentamento". Essas estratégias passam por alterações de situações concretas (ex: arrumar um segundo emprego para ter mais dinheiro, fazer artesanato para se distrair) ou por buscar significar de forma diferente como se sente sobre uma situação (pensar que passar pelo sofrimento faz parte do plano de Deus, bucar ver o lado bom).

sábado, 29 de setembro de 2012

Mas eu não durmo sem o remédio

"Mas eu não durmo sem o remédio" essa frase é tão comum hoje em dia. Essa e outras. Há remédio para tudo, tudo é rápido. Tudo tem que ser imediato.

Sempre imagino como as pessoas de hoje lidariam com um mundo em que uma distância de 180 km (tipo Uberaba - Ribeirão Preto) era percorrida em três dias, a cavalo.

A insônia não é uma patologia moderna. Sua intensificação é. O mundo ESTÁ rápido e todo o tempo temos a sensação de perder algo, de deixar de fazer uma coisa muito importante. Pra compensar, comemos rápido, tomamos banho pensando em outra coisa, dormimos pouco (e mal).

Nesse contexto, os remédios para dormir e os antidepressivos tornaram-se companheiros inseparáveis das pessoas. No passado isso gerava 2 problemas: dependência física e emocional. A medicação atual (salvo raras exceções) não causa dependência física, mas a emocional permanece. Após poucas noites regadas à rivotril e companhia, a pessoa se convence que não mais dormirá sem eles. Fica tão agitada na noite que resolve tentar dormir sem a medicação que realmente não dorme e isso sustenta a crença de que sempre precisará do remédio. Cuidado com essa forma de pensar, remédios são bengalas úteis, mas algo além deles precisa ser feito, pra que, um dia, você não precise mais de uma bengala. Considere hidroginástica, pilates, yoga (pra ansiosos parece aterrador, mas é fantástica), etc.

sábado, 22 de setembro de 2012

Equilíbrio

Os budistas acreditam no valor do "meio termo". Muitos testes de personalidade têm seus melhores resultados fora das faixas extremas. Extremos gastam energia demais e o corpo desvia essa energia do sistema imunológico, levando ao adoecimento. Cuidado com os extremos!

Trabalhar é bom, se preocupar é necessário, farrear é indispensável, mas conciliar tudo é o segredo para manter a saúde mental.

Retire um período ou um dia em sua semana e dedique-o a fazer algo desnecessário, que você realmente goste. Essa válvula de escape fará uma real transformação em seu cotidiano.

Pra fechar nossa rápida conversa de hoje, fiquem com a letra de uma das músicas mais sábias que já ouvi: Incompatibilidade.


                                   Incompatibilidade
                                                          (Oswaldo Montenegro)

E bate louco, bate criminosamente
O coração mais do que a mente, bate o pé mais do que o corpo poderia
E se você mentalizasse na folia
Sabe lá se não seria a solução prá de manhã pensar melhor
E caso fosse a incompatibilidade entre o corpo e consciência
Iria desaparecer, você não vê
Como o corpo preparado pode ser iluminado
Como a luz de uma fogueira que precisa se manter
E atingido pela plena consciência
De que o corpo em decadência faz a tua consciência esmorecer
Pelos poros elimina-se o que o corpo não precisa
E não precisa pra pensar e abdicar esse prazer
Se você dançar a noite inteira não significa dar bobeira
De manhã se alienar ou esquecer
É a busca do supremo equilíbrio, num processo inteligente sua mente clarear sem perceber
E a intelectualidade
Pode Dançar sem receio
Descanso é pra alimentar
E trabalhar sem anseio
Eu tô olhando pra ponta
Mas não esqueço do meio
Quem acha o corpo uma ofensa
Falo sem demagogia
Pode dançar essa noite
E amanhã pensar quem diria
Quem não entendeu eu lamento
Quero que entenda algum dia aaahhhhhh
E bate louco bate criminosamente...


Fonte: http://letras.mus.br/oswaldo-montenegro/47881/